quinta-feira, 29 de maio de 2008

Arco de São Jorge (vídeo)

Museu do Vinho e da Vinha

1 – Enquadramento do Projecto

O Museu surgiu no âmbito do projecto Raízes, da iniciativa comunitária INTERREG IIIB, sendo este da responsabilidade da Associação Santana Cidade Solidária e da Associação dos Jovens Agricultores da Madeira e Porto Santo, com apoio de outras instituições.
O Projecto “Raízes” tem como principal objectivo melhorar o potencial económico dos mais jovens através da exploração e reorientação dos recursos naturais das zonas rurais, como também valorizar e transmitir de geração em geração a cultura e tradição especifica de cada região, criar pólos de desenvolvimento económico fora das grandes cidades das três regiões envolvidas (Madeira, Açores e Canárias) criando condições para que de alguma forma se possa combater o êxodo rural, possibilitando oportunidades de emprego para os mais jovens, nas zonas rurais.


2 – Localização do Museu

O Museu do Vinho e da Vinha está situado no Campo Experimental de Viticultura na Freguesia do Arco de São Jorge.
A Freguesia do Arco de São Jorge pertence ao Concelho de Santana. É uma Freguesia com 3,5 km2 que está localizada na costa Norte da Ilha da Madeira, distanciando-se 40 km do Funchal e 18 km da sede de Conselho.
O Campo Experimental de Viticultura do Arco de São Jorge tem uma área de vinhas com cerca de 12000 m2. Este surgiu há 22 anos, com a finalidade de experimentar castas de várias origens (Alemã, Francesa, Italiana, Portuguesa) para produção de vinho licoroso e de mesa, tendo em conta as condições do solo e climatéricas. Depois de várias fases de experimentação, foram seleccionadas as castas que melhor produziam e que melhor se adaptaram ao tipo de solo e de clima. Seguidamente, eram aconselhadas aos agricultores as castas que apresentavam as melhores características de produção.

3 - Breve referência Histórica ao vinho da Madeira

O vinho chegou à Madeira no século XV. A cultura da vinha fez-se primeiro nos arredores do Funchal e mais tarde alargou-se aos outros concelhos. Por toda a Ilha, a cultura da vinha em socalcos, marcou a paisagem madeirense.
O povo da Madeira, desde 1575, substituiu os canaviais por vinhedos que se expandiram por todas as terras cultivadas, substituindo parte da floresta, quer a Norte, quer a Sul. O vinho Madeira deu fama à Ilha. Desde meados do séc. XVI a produção de vinho evidenciou-se como um único meio de sustento, marcando deste modo, a história da Madeira.
A partir do princípio do século XIX, o vinho Madeira ganhou novos concorrentes na Europa, Ásia e América, o que originou uma descida na procura. Esta substituição que se agravou ano após ano, originou quadros de fome e miséria que assinalaram a história da Madeira. Em meados do século XIX, o oídio (1852) e a filoxera (1872) contribuíram para arrasar o sector vitícola. A recuperação do sucesso vitícola madeirense foi um objectivo nunca concretizado, ficando apenas na memória a ideia de fama e esplendor provindos do sucesso dos vinhos. Depois das pragas do oídio e da filoxera, procedeu-se à substituição das castas por cepas americanas (como o Jaqué, Americana, Isabela, Canin, Argmum), mais resistentes à filoxera e de maior produção. Neste momento, procede-se, mais lentamente do que se pretendia, à reconversão da viticultura madeirense. Apesar dos contratempos que a produção sofreu, ainda subsistem castas que dão origem ao bom vinho Madeira.

4 – Visita guiada ao Museu do Vinho e da Vinha

A visita guiada leva-nos à história do ciclo do vinho Madeira, reavivando a memória dos mais esquecidos e mostrando a nossa história àqueles que nos visitam.



Todas as peças que se encontram dentro do museu, foram gentilmente cedidas, na sua maior parte, pela população do Arco de São Jorge.
1ªEtapa da visita – Visita às vinhas das diferentes castas para a produção de vinho, desde os vinhos licorosos até aos vinhos de mesa.

2ª Etapa da visita – O serrote e os podões cortam as cepas e as parreiras que não vão dar uvas e as espadanas amarram as cepas ao arame. É nos meses de Janeiro a Março que decorre a poda a cava e a adubação da vinha.
A partir de Maio até Junho é a época de sulfatar, esfolhar e enxofrar a vinha, para isso são usadas as máquinas de sulfatar e o fole ou a enxofradeira.

3ª Etapa da visita – A partir de Agosto até Outubro faz-se a apanha das uvas. As crianças e as mulheres com os seus lenços na cabeça levam as suas podoas e podões para apanhar as uvas. Todos ajudam na apanha, colocam as uvas dentro dos cestos de mão que posteriormente vão ser colocadas dentro dos cestos de vindima ou nos cestos giga que vão ser transportados pelos homens com as suas molhelhas feitas de saca de lona (saca anteriormente utilizada para guardar sementes e ração) e com o seu bordão. A molhelha e o bordão servem de ajuda aos homens no transporte das uvas.
As refeições iam para o campo envoltas numa toalha de pano dentro de uma giga, ou dentro de um cesto de vimes. O vinho e a aguardente bebiam-se, por tradição, por um corno de vaca ou de cabrito.

4ª Etapa da visita – Lagares – Chegados os cestos cheios de uvas ao lagar podiam ser pesados na balança decimal, assim, o produtor sabia quanto produziu.
As uvas são colocadas dentro do lagar e pisadas pelos homens descalços que também têm uma ajuda do malho do lagar na pisa, depois de pisadas as uvas, o bagaço é colocado no centro do lagar, com a ajuda da pá, da vassoura de urze e do garfo. De seguida, é colocada a corda de nylon com o estropo à volta dos engaços, de modo a que quando se faça pressão, o vinho saia, antigamente era usada uma corda de eras.
Depois desta operação o vinho cai dentro do cesto da bica do lagar, sendo deste modo filtrado ao cair dentro da tina do lagar.
Também se pode verificar a quantidade (grau) de álcool que o mosto contém, usando os mostimetros.
Existem dois tipos de lagares, o de fuso e peso e o de prensa manual, sendo o de fuso e peso, o mais antigo e o mais eficiente.
Os trabalhos no lagar prolongavam-se pela noite dentro, e como não havia electricidade, usavam-se os faróis e candeeiros a petróleo.
Os homens com os funis enchem os barris que vão ser transportados para as adegas, ou então, pode ser utilizada a bomba de transfega para tirar o vinho de dentro da tina para a pipa.
Para a medição do vinho podem ser utilizados potes medidores com diferentes capacidades. Antigamente eram utilizados os borrachos (recipiente feito de pele de cabra), para transportar o vinho dos lagares para as adegas.
As pipas as cartolas e os barris tomam forma nas mãos do tanoeiro. Estes objectos são utilizados nas várias etapas da produção do vinho.

5ª Etapa da visita – É na garrafeira que se encontram os vários tipos de vinho produzidos na Madeira, desde os vinhos de mesa, brancos e tintos, aos vinhos generosos.

6ª Etapa da visita – No fim desta visita sabe bem um pouco de Vinho Madeira acompanhado de bolo de mel e doces tradicionais, cozidos num forno a lenha.


Anexos

Variedade de Castas

Castas para a produção de vinhos Licorosos
As diferentes castas que se encontram no Campo Experimental para a produção de vinho licoroso são: o Sercial, Terrantez, Verdelho, Complexa.


Sercial – Diz-se que esta variedade foi transplantada do Reno para a Madeira. Tem cachos pequenos ou médios, bastante densos. Cultiva-se nas zonas altas, como o Jardim da Serra, e nas zonas baixas, como o Seixal e Porto Moniz. Quando novo, este vinho pode ser desagradável ao paladar (antes dos 10 anos é áspero e cru), sendo o envelhecimento necessário para atingir a perfeição e desenvolver o sabor agradável que o distingue. O sercial é um vinho seco, por isso é um aperitivo perfeito, óptimo para estimular o apetite.

Terrantez – A casta Terrantez cresce em cachos grandes e ovais. O seu bago tem uma forma alongada e torna-se dourado quando amadurece. Produz um vinho rico, com um ligeiro travo amargo, devido à pele da sua uva e ao facto das folhas serem deixadas a fermentar. O vinho conseguido é tão especial que se diz: “As uvas Terrantez, Não as comas nem as dês, Para vinho Deus as fez”.


Verdelho – Este tipo de vinha cresce em cachos pequenos ou médios, geralmente cilíndricos. Cultiva-se nas zonas intermédias, entre os 400 a 500 metros e também junto ao mar, como na Ponta Delgada, São Vicente e Raposeira. As uvas produzem um vinho meio seco, de sabor agradável, perfeito para ser consumido como aperitivo ou sobremesa.

Complexa – Esta casta tem duas vertentes, uma para a produção de vinho licoroso, e a outra é para a produção de vinho de mesa.

Castas para a produção de vinhos de mesa
As castas que se encontram no Campo Experimental para a produção de vinho de mesa tinto e branco são: Touriga Nacional, Touriga Franca (Francesa), Tinta Barroca, Complexa, Arnsburger, Cabernet Sauvignon, e Merlot.

Touriga Nacional – Casta com baixa produção de uva por videira, os seus cachos, embora abundantes, são de pequeno tamanho assim como os bagos. Produz vinhos de cor forte e sabor intenso com muitos taninos e concentrados. É uma casta de origem antiga, remontando a sua presença pelo menos ao século XVI.

Touriga Franca (Francesa) – Os cachos são médios/grandes e os bagos são redondos, de tamanho médio, de cor azul violácea. A maturação é mais precoce que a Touriga Nacional. Produz vinhos notáveis pelo perfume e fruta persistente.

Tinta Barroca – Casta de rendimentos elevados, por vezes excessivos. As videiras são medianamente vigorosas, regulares na produção ao longo dos anos e são resistentes às doenças e pragas. Casta precoce na maturação e que produz mostos ricos em açúcar.

Complexa – Esta casta tem duas vertentes, uma para a produção de vinho licoroso, e a outra é para a produção de vinho de mesa.

Arnsburger – Produzida em solos vulcânicos, com clima influenciado pelo Oceano Atlântico. Estas uvas são de origem alemã. Produzem um bom vinho branco normalmente usado para acompanhar pratos leves de peixe, marisco e carnes brancas.

Cabernet
Sauvignon – As suas uvas têm um tamanho pequeno, possuem uma cor azulada e película grossa. A maturação é lenta e tardia e tem grande resistência à podridão. Não gosta de calor nem frio excessivos. Os vinhos são normalmente escuros com sabor intenso a groselha preta, mirtilos, amoras, cerejas, ameixas, pimento verde, eucalipto e a cedro. Possui taninos nobres que permitem dar aos vinhos uma certa longevidade.

Merlot – A cepa Merlot amadurece mais cedo do que a Cabernet Sauvignon, mas é menos resistente à podridão. É convencionalmente associada a solos húmidos argilosos.


(Informação cedida pelo Museu)

Santana (Informações em Inglês)

Geographical Location

Covering an area of 96.20 square kilometers, the municipality of Santana is located on the north coast of the island of Madeira. It is bordered by the municipalities of São Vicente (west), Machico (east), Santa Cruz (south), Funchal (south) and Câmara de Lobos (southwest) and washed north and northeast by the Atlantic Ocean.

Relief

The municipality of Santana presents a rugged relief, dominated by the greatness of the mountains, deep valleys and mighty water streams flowing down the slopes. In Santana are located the highest peaks of the island, namely Pico Ruivo (1.862 m), Pico das Torres (1.851 m) and Pico do Areeiro (1.818 m).

Population

According to the latest 2001 census, the municipality of Santana totaled 8.804 residents, distributed as follows by its six parishes: Arco de São Jorge (509), Faial (1.961), Ilha (358), Santana (3.439), Sao Jorge (1.610) and São Roque do Faial (927).

Toponymy

The municipality owes its name to the primitive chapel dedicated to Santa’ Ana. The date of its construction is unknown, although there are records of the restoration works it was subjected to until being demolished in the late 17th century, a date that also marks the beginning of the construction of the present church.

History

Santana was elevated to parish in the second half of the 16th century. In 1832, Santana was elevated to village and in 1835 to administrative centre. The village of Santana was elevated to city in 2000 by regional decree 14/2000/M of 6 July.
Similarly to the municipalities of Câmara de Lobos, Santa Cruz and Porto Moniz, the municipality of Santana was suppressed by a decree dated 10 December 1867, which, however, was not completely enforced, these municipalities being re-established shortly after.
Initially, the municipality was formed by the parishes of Santana, São Jorge, Arco de São Jorge, Faial, São Roque do Faial and Porto da Cruz. However, in 1852, Porto da Cruz was separated from the municipality of Santana integrated the municipality of Machico.
On 15 April 1989, the municipality of Santana totaled six parishes, after the location of Ilha, which belonged to the parish of São Jorge, being elevated to parish by regional legislative decree 11/89/M.
The municipality of Santana remained inaccessible both by land and by sea for many years. This isolation helped preserve singular local characteristics from exterior influence, as for example the architectural style of the typical thatched houses.
Since early times, agriculture has been the basis of Santana’s sustenance. Formerly, it registered an abundant production of wheat, corn, sugar cane and grapes, besides cattle breeding.
At present, the tourist sector is a rising economic resource, profiting from a rich natural and built heritage that charms visitors. Additionally, public and private entities have invested in the creation of tourist support facilities, mostly restaurants and hotels.

Churches, Monuments and Museums

Santana holds attractions that are part of its heritage and dignify the municipality. It equally offers excellent facilities for learning the history, as well as the costums and traditions of the municipality and of the archipelago.

Parish Church of São Jorge – Erected in the third quarter of the 18th century in the parish of São Jorge, this is considered one of the beautiful churches of Madeira. Characterized by a monumental appearance, this Baroque temple stands out for the wonderfully executed gilded woodcarving of the main altar. The small image of the martyr Saint Sebastian is a wonderful piece of sculpture deserving quiet contemplation.
In the vestry, a special note goes to the wooden table and the Madeira laurel and Madeira mahogany cupboards, with rococo carved columns and to a magnificent Cross, in which the body of Chris measures one meter.

Chapel of São Pedro – Located near the São Jorge parish church, this chapel was restored in 1901. Its interior houses an ornate altar of late Baroque.

Chapel of Santo António – Erected in the location with the same name, in the parish of Santana, this temple dates back to the 16th century, and was one of the first to be built in the municipality.

Santana’s Typical Thatched House – These houses are the symbol of the municipality and one of the symbols of Madeira, known in the four corners of the world. Architecturally, Santana´s typical house is rectangular and is covered by a thatched roof, shaped like an inverted V, the thatch reaching the ground. These houses normally have two floors; a ground floor and an attic.

São Jorge’s Typical House – The typical houses of São Jorge are square, with four-sided thatched roofs, commonly known as round houses. Good examples of these traditional houses can be found in the location of Ribeira Funda, in the parish of São Jorge.

Madeira Theme Park – This seven-hectare park is a compulsory stop for visitors of all ages and an opportunity for embarking on a journey of discovery of the archipelago of Madeira, its history, and the culture and tradition of the Madeiran people. For this effect, this park is organized into pavilions and other attractions, in which varied aspects of the Autonomous Region of Madeira are represented.
In the Discovering the islands pavilion, the visitor relives the boat journey that discovered the islands, a journey animated by theatrical sceneries, projections, light and sound effects. In a second pavilion called A world of islands, islands in the world, history and culture are taught through illustrated panels, photographs, maps, maquettes, replicas, theatrical sceneries and video. This pavilion is organized into seven main topics: The origin of life, the discovery, Man and nature, Sugar, wine, Tourism and Madeira today.
In the Fantastic trip in Madeira pavilion, visitors accompany the adventures of a couple on honeymoons in Madeira, with the help of a simulator, in a thrilling journey into the magnificent landscapes of Madeira and Porto Santo.
Outdoor spaces offer other attractions, namely a replica of the Monte train, the traditional bullock cart, the hammocks, the Santana typical thatched house, a mill, a labyrinth and a big lagoon, where visitors can hire boats. There is also an ample garden, where many species of Madeira’s endemic flora are to be found.
Located in Estrada Regional, 101, Fonte da Pedra, Santana, the Madeira Theme Park is open all year round, except on Christmas Day, from 10 am to 7 pm.

Wine Museum – Installed in the Arco de São Jorge Viticulture Experimental Centre, this museum displays a permanent exhibition representing the history of wine. The viticulture instruments on exhibition transport us to the past. Each utensil tells the stories of the people who knew how to profit from their environment.
In an adjacent tasting room you may purchase wines, especially Madeira Wine. Gardens filled with flowers, shrubs, Laurissilva trees and leisure facilities complete the tour of this museum, in which the visitor may admire Madeira’s natural diversity and heritage.
The Wine Museum may be visited from Tuesday to Saturday, from 2 to 5.30 pm and on Monday morning subject to booking.

Gastronomy

The municipality of Santana, considered one of the best in terms of regional gastronomy, presents delicious dishes prepared with refinement and dedication. For starters, we recommend cottage cheese, or cured sheep cheese, both types of local production, besides Santana bread or corn bread, bolo do caco with garlic butter and fine herbs or grilled limpets with butter and lemon juice, followed by wheat soup, a romaria broth or chicken soup. For the second course, a wide choice is available. If you prefer fish, we suggest grilled trout à la Ribeiro Frio, Tuna à la São João, fried parrot-fish, vinaigrette octopus and fish stew. However, if you prefer meat you may opt for one of the following; sirloin Steak à la Caldeirão Verde, wine and garlic pork, country chicken stew, lamb stew, regional espetada in a laurel skewer or sarapatel. There are many accompaniments for these delicious fish and meat dishes, namely fried cornmeal, shriveled sweet-potatoes, corn on the cob, vegetables of the season and baked potatoes. For drinking, they suggest the white or red table wines produced on the island and classed as VQPRD (Quality Wine Produced in Determined Regions). For dessert, there is a wide range of choice, which will surely please the more sweet-toothed, namely molasses cake, São Jorge marble cake, bridal cake, black cake, blueberry jam, passion fruit pudding, pumpkin pudding and fruit of the season. To end your meal in style, try one of the regional liqueurs or have an espresso and sugar cane rum.

Events

48 Hours Dancing/ Regional Folklore Festival/ Fair of the Municipality
This event gathers all of the folk dance groups of the region’s municipalities together with other invited groups. Held on the first fortnight of the month of July, this is the main live expression of the folklore of Madeira and Porto Santo. It is also an excellent opportunity to show gastronomic specialities and different cultural and traditional aspects of the municipality. Consequently, there are food and drink stalls where animation rules.

Places of Main Tourist Interest

It is true to say that in terms of landscape, Santana is one of the prettiest in the archipelago of Madeira. Here, true living pictures show nature in its purest state. High peaks, rocky formations, streams, waterfalls and other natural attractions transform this municipality into an authentic paradise.
Natural Reserve of Sítio da Rocha do Navio – This reserve was created in 1997, by suggestion of the local population, in face of the rapid deterioration of the coast. This natural reserve includes a stretch of sea, the potential habitat of the monk seal (Monachus monachus), as well as an islet, where there are rare plants typical of Macaronesian sea cliffs.
By the sea, an extensive fajã (fajãs are stretches of flat land caused by the collapse of sea cliffs) is used for growing vine and tropical fruits. This location is a paradise of extreme beauty that leaves no one indifferent. A cable car enables the descent to Rocha do Navio. This means of transportation plays a major role in agriculture and tourism, besides allowing the guards of the Natural Reserve to access the house at the bottom.
Quinta do Furão – Located in Achada do Gramacho, this charming 5-hectare estate comprises biological agricultural fields cultivated with horticultural products and vines, representing the different varieties typically used for Madeira Wine production. Additionally, the gardens testify to the exuberant Madeiran flora by sheltering unique specimens.
Rose Gardens of Quinta do Arco – Located in the parish of Arco de São Jorge, in the location of Lagoa, this garden gathers one of the largest rose collections of Portugal, including rare and endangered species. Comprising over 1.000 different species, this magnificent collection is composed of old and contemporary roses, climbing and not climbing. The rarest and most important species are fully identified by name and class. This wonderful world of roses may be visited everyday from 11 am to 18 pm.
Queimadas Forestry Park – Located 5 kilometres from Santana, this park is an excellent location for a picnic and a starting point for several walks. It is regarded as one of the most pleasant leisure areas of Madeira.
To reach the Queimadas Forestry Park go west in Santana until you reach a turning which quickly transforms into a rough road uphill. The road leads you through bundles of gorse, hydrangea and wild flowers into the core of a luxuriant forest and to the Queimadas Forestry house, an enormous thatched house used by rangers.
From the Queimadas Forestry Park we may set out on spectacular walks to the Caldeirão Verde and the Caldeirão do Inferno. The first is a majestic waterfall forming a lake and Caldeirão do Inferno, in turn, is a canyon, formed by the waters along a line of softer rock.
Pico das Pedras Forestry Park – This is an ideal spot for picnics and the traditional espetadas., where visitors may admire endemic species, mainly birds, which find their habitat here, both in captivity or in the wild. The park accesses a footpath to Pico Ruivo, the highest altitude on the island.
Ribeiro Frio Forestry Park – Integrant part of the parish of São Roque do Faial, this park boasts beautiful gardens, where flora and forest coexist harmoniously and where some vegetal endemisms of rare occurrence are to be found.
Rainbow trout (Oncorhynchus mykiss Walbaum) hatcheries with the pure cold waters of Ribeiro Frio raise this fish species to be used almost exclusively for the repopulation of Madeiran streams and for culinary purposes.
This park offers great possibilities for walks, namely the track from Ribeiro Frio to Balcões. Along this footpath visitors will be faced by magnificent sceneries of varied Laurissilva Forest endemic species, an example of which is the imposing view of the deep valley of Ribeira do Faial and the rocky amphitheatre of the Central Massif, in which Pico Ruivo is visible. The Bacões Viewpoint has a wonderful view of the central ridge of the island, the sublime valleys of Fajã da Nogueira and Ribeira da Metade, as well as Penha de Águia.
Penha de Águia – Set between the parishes of Faial (Santana) and Porto da Cruz ( Machico), the Penha de Águia is a giant rocky massif 580-metre high. It is very often represented in books about Madeira and is a brand image of the region in many postcards.
The top of the Penha de Águia can be reached through the locations of Penha de Águia or Sítio da Cruz. At the top, the view is surprising and breathtaking, adding to the interesting nucleus of indigenous exotic plants to be found there.

Achada do Teixeira – Located near Santana, this plateau spreads at an altitude of 1.592 metres. In Achada do Teixeira, there are several elements of geological interest, namely the Homem-em-pé (Standing man), formed by blocks of basalt rock balanced on top of each other, and the Cara ( Face).
Both rock formations were carved by the erosion forces of nature in the course of thousands of years. Visitors will also find century-old heath ( Erica arborea) and the Madeiran Berthlot`s Pipit( Anthus berthelotti Madeirensis), a bird that camouflages with the colours of dried weed.

Places of Main Tourist Interest

It is true to say that in terms of landscape, Santana is one of the prettiest in the archipelago of Madeira. Here, true living pictures show nature in its purest state. High peaks, rocky formations, streams, waterfalls and other natural attractions transform this municipality into an authentic paradise.

Natural Reserve of Sítio da Rocha do Navio – This reserve was created in 1997, by suggestion of the local population, in face of the rapid deterioration of the coast. This natural reserve includes a stretch of sea, the potential habitat of the monk seal (Monachus monachus), as well as an islet, where there are rare plants typical of Macaronesian sea cliffs.
By the sea, an extensive fajã (fajãs are stretches of flat land caused by the collapse of sea cliffs) is used for growing vine and tropical fruits. This location is a paradise of extreme beauty that leaves no one indifferent. A cable car enables the descent to Rocha do Navio. This means of transportation plays a major role in agriculture and tourism, besides allowing the guards of the Natural Reserve to access the house at the bottom.

Quinta do Furão – Located in Achada do Gramacho, this charming 5-hectare estate comprises biological agricultural fields cultivated with horticultural products and vines, representing the different varieties typically used for Madeira Wine production. Additionally, the gardens testify to the exuberant Madeiran flora by sheltering unique specimens.

Rose Gardens of Quinta do Arco – Located in the parish of Arco de São Jorge, in the location of Lagoa, this garden gathers one of the largest rose collections of Portugal, including rare and endangered species. Comprising over 1.000 different species, this magnificent collection is composed of old and contemporary roses, climbing and not climbing. The rarest and most important species are fully identified by name and class. This wonderful world of roses may be visited everyday from 11 am to 18 pm.

Queimadas Forestry Park – Located 5 kilometres from Santana, this park is an excellent location for a picnic and a starting point for several walks. It is regarded as one of the most pleasant leisure areas of Madeira.
To reach the Queimadas Forestry Park go west in Santana until you reach a turning which quickly transforms into a rough road uphill. The road leads you through bundles of gorse, hydrangea and wild flowers into the core of a luxuriant forest and to the Queimadas Forestry house, an enormous thatched house used by rangers.
From the Queimadas Forestry Park we may set out on spectacular walks to the Caldeirão Verde and the Caldeirão do Inferno. The first is a majestic waterfall forming a lake and Caldeirão do Inferno, in turn, is a canyon, formed by the waters along a line of softer rock.

Pico das Pedras Forestry Park – This is an ideal spot for picnics and the traditional espetadas., where visitors may admire endemic species, mainly birds, which find their habitat here, both in captivity or in the wild. The park accesses a footpath to Pico Ruivo, the highest altitude on the island.

Ribeiro Frio Forestry Park – Integrant part of the parish of São Roque do Faial, this park boasts beautiful gardens, where flora and forest coexist harmoniously and where some vegetal endemisms of rare occurrence are to be found.
Rainbow trout (Oncorhynchus mykiss Walbaum) hatcheries with the pure cold waters of Ribeiro Frio raise this fish species to be used almost exclusively for the repopulation of Madeiran streams and for culinary purposes.
This park offers great possibilities for walks, namely the track from Ribeiro Frio to Balcões. Along this footpath visitors will be faced by magnificent sceneries of varied Laurissilva Forest endemic species, an example of which is the imposing view of the deep valley of Ribeira do Faial and the rocky amphitheatre of the Central Massif, in which Pico Ruivo is visible. The Bacões Viewpoint has a wonderful view of the central ridge of the island, the sublime valleys of Fajã da Nogueira and Ribeira da Metade, as well as Penha de Águia.

Penha de Águia – Set between the parishes of Faial (Santana) and Porto da Cruz ( Machico), the Penha de Águia is a giant rocky massif 580-metre high. It is very often represented in books about Madeira and is a brand image of the region in many postcards.
The top of the Penha de Águia can be reached through the locations of Penha de Águia or Sítio da Cruz. At the top, the view is surprising and breathtaking, adding to the interesting nucleus of indigenous exotic plants to be found there.

Achada do Teixeira – Located near Santana, this plateau spreads at an altitude of 1.592 metres. In Achada do Teixeira, there are several elements of geological interest, namely the Homem-em-pé (Standing man), formed by blocks of basalt rock balanced on top of each other, and the Cara ( Face).
Both rock formations were carved by the erosion forces of nature in the course of thousands of years. Visitors will also find century-old heath ( Erica arborea) and the Madeiran Berthlot`s Pipit( Anthus berthelotti Madeirensis), a bird that camouflages with the colours of dried weed.

Sítio da Achada do Marques – This location in the parish of Ilha is a bucolic tableau filled with typical thatched huts, suggesting a return to the past. Achada do Marques is part of the Natural Park of Madeira and is classed as Protected Landscape.

Lamellar Basalt – Located in the parish of São Jorge, in the location of Calhau da Ribeira de São Jorge, these basalt formations of great geological beauty embellish the banks of the short footpath leading to the former municipal road from Foz da Ribeira to Cais da Ponta Gorda.

Mouth of Ribeira do Faial – Here is located one of the most impressive and complex rock formations of the island, characterized by a compact and perfectly aligned columnar basalt disjunction, suggesting human intervention, such is the fineness and detail of the columns.

Viewpoint of the Faial Fort – From this fort, there is a magnificent panoramic view over the parish of Faial, Penha de Àguia and the north of São Lourenço. This fort is located in Pico Guindaste, and owns some artillery pieces.

Cabanas Viewpoint – Set between the parishes of São Jorge and Arco de São Jorge, this viewpoint offers beautiful sights of Arco de São Jorge and, on cloudless days, of the neighboring island of Porto Santo.

Trajes Tradicionais

O Fato Serrano (Homem)
Este traje é típico da Freguesia de S. Jorge. O homem veste calça de lã preta, a camisa de linho, colete de lã preto, chapéu preto e calça bota chã. O traje era usado nas idas à missa e em momentos festivos.
O Traje Serrano (Homem)
De um modo geral, o homem usava o chamado "traje serrano" composto por: calça e colete de seriguilha e camisa de linho; na cabeça usava um barrete semelhante a uma carapuça ou barrete de orelhas (carapuça ou ninho de melro preto); lenço ao pescoço e calçava bota chã.Este traje era usado pelo homem Santanense nas suas lides caseiras.

O Traje da Mulher Viúva
Com lã de ovelha preta era feita a saia "preta", sendo esta por toda ela pregada e comprida; vestia uma blusa enramada em tons escuros onde dominava a cor preta, com um pala, franzida até à cintura tanto na frente como nas costas, terminando com um folho por toda a blusa, de mangas compridas; no seu interior vestia um colete de pano branco para maior elegância; usava um calção branco justo à perna com uma liga de renda branca; devido à lã ser áspera, usava um saiote no comprimento da saia com uma renda branca; a cabeça era coberta por um lenço enramado em tons escuros, azul escuro, acastanhados ou pretos e calçava uma bota chã de listra vermelha.
Este traje era natural e típico da Freguesia de Santana. Era o traje que as mulheres Santanenses usavam quando ficavam viúvas, nas suas lides caseiras e, por vezes, quando se deslocavam à fazenda ou mesmo quando tinham de sair para qualquer sítio.
O Traje Domingueiro (de Santana)
Com lã das ovelhas brancas, após preparada e tecida, era feita a "saia branca", sendo esta por toda ela pregada e comprida; vestia uma blusa enramada com tons suaves, contendo tanto na parte da frente como nas costas, uma pala com franzido até à cintura, terminando com um folho por toda a blusa, guarnecida de liga de bicos branca, de mangas compridas; no seu interior vestia um colete de pano branco para maior elegância; usava um calção branco justo à perna com uma liga de renda branca; devido à lã ser áspera, usava um saiote no comprimento da saia com uma renda branca; a cabeça era coberta por um lenço enramado onde dominava a cor branca ou o beije e calçava uma bota chã de listra vermelha.
Este traje era típico da Freguesia de Santana. Era usado pelas mulheres Santanenses aquando da ida à missa ou em ocasiões festivas.

O Traje de Trabalho
Com lã de ovelha, castanha e branca era feita uma mistura denominada "saia castanha escura", sendo esta por toda ela pregada e comprida; vestia uma blusa branca; a frente era composta por pregas cobrindo a cintura; nas costas levava uma pala franzida até o terminar da blusa, sendo esta guarnecida de ligas de bico branca, de mangas compridas; no seu interior vestia um colete de pano branco para maior elegância; usava um calção branco justo à perna com uma liga de renda branca; devido à lã ser áspera, usava um saiote no comprimento da saia com uma renda branca; a cabeça era coberta por lenço enramado e calçava uma bota chã de listra vermelha.Este traje é natural e típico da Freguesia de Santana e era o traje que as mulheres Santanenses usavam nas suas lides caseiras ou quando se deslocavam à fazenda.

in Site da Câmara Municipal de Santana

Os edifícios de interesse relevante

Casinhas de Santana

Ex-líbris do concelho de Santana, as típicas casas cobertas de colmo, de duas águas e assentes sobre estruturas de madeira são também conhecidas por palhaças. Pensa-se que estas construções sejam vestígios das primitivas estruturas feitas de madeira e de colmo. A adopção desta matéria-prima deve-se ao facto de, na região, haver pouca pedra rija e o clima ser frio no Inverno. Assim, as casas adaptam-se às estações do ano, sendo frescas no Verão e quentes no Inverno.
Junto à Câmara Municipal de Santana, foram construídas as casas típicas de Santana, que são uma das imagens de marca da Madeira. Em colmo, aquelas casas que antes serviam de abrigo, são agora pequenas lojas que vendem peças artesanato, tal como o linho que é produzido no concelho e bonecas em palha de milho.

Moínho de São Jorge

Em São Jorge, ainda está actividade o último moinho de água da Madeira. Com mais de trezentos anos, o moinho foi recuperado em 2000 e desde aí tem tido grande procura para moer o milho e o trigo. Um pouco mais acima, existe uma das únicas serragens também movidas a água e que ainda vale a pena visitar.



in JM

Santana e a sua localização

Santana está localizada na vertente norte da Ilha da Madeira e é conhecida pelas suas curiosas casas com telhados de colmo e fachadas triangulares, um dos postais mais relembrados deste arquipélago. Em 1552 passou a ser freguesia, tornou-se vila em 1835 e, em 2001, foi elevada a cidade.Neste concelho encontramos os cumes mais altos da Madeira: o Pico Ruivo, com 1860 metros de altitude, só acessível através de percurso pedestre, e o Pico do Areeiro, com 1810 metros de altura. Ambos possuem miradouros que oferecem fantásticas vistas panorâmicas sobre a ilha. A cidade de Santana também dispõe de outros dois miradouros: o Miradouro das Cabanas, que permite a visualização do Arco de São Jorge e da Ilha do Porto Santo em dias límpidos, e o Miradouro do Fortim do Faial, que oferece uma fascinante paisagem sobre a freguesia do Faial, a serra da Penha d` Águia e a vertente norte da Ponta de São Lourenço.Este concelho é, sem dúvida, muito importante em termos naturais, em muito devido ao Parque Florestal das Queimadas. Podemos aqui encontrar parte da Floresta de Laurissilva, conjunto de vegetação mais endémico da Madeira, considerada pela UNESCO como património mundial natural.Não esquecer uma visita ao Roseiral da Quinta do Arco, onde poderá conhecer uma das maiores colecções de roseiras de Portugal, da qual fazem parte algumas espécies de roseiras raras e outras em via de extinção. Também temos o Parque Florestal de Ribeiro Frio, que possui um ribeiro do mesmo nome, onde são criadas trutas e vegetação de interesse relevante com plantas raras, sendo uma boa opção para a realização de passeios pedestres, com destaque para o que vai até aos Balcões. Passeios até ao Caldeirão Verde, à Achada do Garamacho, ao Pico das Pedras, à Boca das Voltas, à Reserva Natural da Rocha do Navio, à formação rochosa do Homem em Pé e à Achada do Teixeira são outras das hipóteses à escolha.


(pesquisa realizada na Internet)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ao Passar a Ribeirinha

Ao passar a ribeirinha
Pus o pé, molhei a meia
Pus o pé, molhei a meia (bis)

Não casei na minha terra
Fui casar em terra alheia
Fui casar em terra alheia (bis)

Ao passar a ribeirinha
Estava tudo à janela
Estava tudo à janela (bis)

Parece que nunca viram
Gente de fora da terra
Gente de fora da terra (bis)

Ao passar a reibeirinha
Quebrei a minha viola
Quebrei a minha viola (bis)

Juntei-a aos bocadinhos
Mandei fazer uma nova
Mandei fazer uma nova (bis)

Ao passar a ribeirinha
Pus o pé, molhei a meia
Pus o pé, molhei a meia (bis)